29 de janeiro de 2015

Guia de viagem - O que fazer em Paris? (Parte 2)

Nessa minha segunda viagem à Paris, ainda tinha muita coisa que eu queria fazer, mas sobraram as coisas menos turísticas, então já não precisei me preocupar tanto com filas. Aliás, essa é uma diferença em ir pra lá no verão e no inverno, no inverno há bem menos turistas na cidade e, portanto, há menos filas.

Dessa vez, fui aos seguintes lugares

Jardin Tuileries, 75001.
Fica em frente à Place de La Concorde.

Hôtel Salé, 5 rue de Thorigny, 75003.

Place Georges-Pompidou, 75004

222 Boulevard Saint-Germain, 75007

79 Rue de Varenne, 75007

Rue Raynouard, 75016

2 rue Louis Boilly, 75016

Église St-Sulpice (onde foram gravadas algumas cenas do filme “O código da Vinci”)

Igreja Notre Dame

Ópera Palais Garnier
8 Rue Scribe, 75009

Eu gostei muito de todos os museus que visitei dessa vez. No Musée de l’Orangerie, estão os enormes quadros da séries Nymphéas, pintados por Monet. Os quadros ficam em duas salas projetadas especialmente para eles. Há também, nesse museu, uma coleção permanente e exposições temporárias.

Na minha primeira ida à Paris, quando fui ao Musée d’Orsay, descobri o meu fascínio pelo impressionismo, pois eu fiquei realmente muito tocada e emocionada ao ver alguns dos quadros do Monet. Na época eu não sabia, mas há em Paris um museu dedicado à esse pintor, com obras suas e também obras da sua coleção particular, é o Musée Marmottan Monet. Dessa vez, consegui ir a esse museu e adorei. Eles tinham acabado de inaugurar uma exposição que contava toda a trajetória artística do Monet, das suas influências até sua consagração com o quadro Impression, soleil levant. Dessa vez, eu voltei ao Musée d’Orsay, mas principalmente para ver a exposição temporária dedicada ao escritor Marquês de Sade.

O Musée Picasso foi reaberto em outubro de 2014, após um longo processo de reforma e restauração. O prédio do museu é lindo e o conjunto de obras do Picasso é imenso e maravilhoso, gostei muito mais das obras que estão lá do que das obras do Museu do Picasso de Barcelona.

O beijo, versão Picasso

Também fui ao Centre Pompidou, o museu de arte moderna da cidade. O prédio onde o museu se encontra contrasta muito com o restante da cidade, é um prédio moderno, com sua estrutura exposta: canos, escadas, paredes, fica tudo exposto. No período em que estava lá, uma das exposições temporárias era do Marcel Duchamp.

Aproveitei um dos poucos dias sem chuva para ir ao Musée do Rodin, onde as obras desse escultor encontram-se expostas no lindo jardim de um hotel onde ele morou por alguns anos.

Musée Rodin - "O pensador" e a torre Eiffel ao fundo.

Além dos museus, também entrei em algumas igrejas, como a Saint-Sulpice e a Notre Dame, que é linda por dentro, com vitrais maravilhosos. Também fui ao cinema algumas vezes e essa é uma das coisas que adoro fazer em Paris, pois a maioria dos cinemas (talvez todos) fica nas ruas (e não em shoppings, como aqui) e alguns são bem pequenos e bonitos. 

Um dos muitos cinemas de rua de Paris. Este fica na Rue Mouffetard.

Também fui a uma apresentação de música de câmara na Ópera Palais Garnier. A ópera é linda por fora e por dentro, a sala de espetáculos é toda de veludo vermelho com um lustre imenso e luxuoso no centro. O ingresso desse tipo de apresentação é bem acessível (havia ingressos por 15 euros) e é uma ótima oportunidade de conhecer a ópera por dentro e ouvir uma bela apresentação de música clássica. Esse foi um dia bem eclético, pois no mesmo dia, à tarde, eu fui a uma partida de futebol do Paris Saint-Germain contra o Evian, no Parc des Princes. O jogo é bem animado, a torcida do PSG canta e grita o tempo todo, e deu pra perceber que ir ao estádio é um programa de família em Paris. Foi bem legal assistir alguns jogadores brasileiros importantes de perto. O ingresso custou 20 euros.

A famosa cabeleira do David Luiz

Outra coisa bem legal de se fazer lá é entrar nas livrarias e papelarias, há muitas por toda a cidade. A livraria mais legal de lá é a Gibert Jeune ou Gibert Joseph (é a mesma rede), é possível encontrá-la por toda a cidade, sempre em prédios enormes, com vários andares e um mundo de livros. Nela há feira de livros usados, que são vendidos bem baratos, e também muitas promoções – quando o livro está meio sujo ou amassado, eles vendem bem mais baratos, comprei alguns livros por apenas 3 euros.



21 de janeiro de 2015

Guia de viagem - O que fazer em Paris? (Parte 1)


Na primeira vez que vim pra Paris, em julho de 2013, fiquei apenas 1 semana, mas como era verão e os dias eram mais longos, consegui fazer muita coisa. E aqui realmente há muita coisa pra se fazer: são muitos museus, igrejas, parques, centros e casas culturais... é uma lista quase sem fim de programas culturais. Na primeira vez na cidade, fiz os programas mais turistões mesmo e um ou outro mais desconhecido. Nessa viagem, eu fui aos seguintes lugares:

Maison de Victor Hugo
6 place des Vosges, 75004

Panthéon
Localizado na Place du Panthéon, 75005
Fica perto do Jaridn de Luxembourg

Jardin de Luxembourg
Parque localizado no 6e Arrondissement

Musée Du Louvre
162 rue de Rivoli, 75001

Versailles – fica bem perto de Paris

Musée d’Orsay
1 Rue de la Légion d'Honneur, 75007

Torre Eiffel
Champ de Mars, 5 Avenue Anatole France, 75007

Basílica de Sacre Coeur
35 Rue du Chevalier de la Barre, 75018

Espace Dalí
11 rue de Poulbot, 75018

Café des 2 Moulins (café do filme "Fabuloso Destino de Amèlie Poulain")
15 Rue Lepic, 75018

Canal Saint Martin
Fica no 10eme Arrondissement. É um ótimo lugar pra ir no fim da tarde, fazer um piquenique ou tomar vinho.

Além disso, também passeei muito pelas ruas da cidade, especialmente na região de Montmarte e também da Ilê de La Cité, lugar onde Paris começou, é o bairro mais antigo e também um dos mais bonitos da cidade, na minha opinião.

Jardim do Château de Versailles
Como era verão, peguei uma fila imensa para entrar no Château de Versailles, isso porque era no meio da semana, no fim de semana dizem que piora. Por isso, recomendo chegar bem cedo. Outra dica importante é pagar para usar o transporte interno do castelo, é um trenzinho que te leva para todos os pontos da propriedade, que é imensa. Eu achei que seria capaz de andar tudo a pé e não paguei pelo transporte, mas simplesmente não dá, o lugar é grande demais e acabei não conseguindo andar até a casa da Maria Antonieta.

Nos outros lugares, não peguei muita fila. Cheguei ao Louvre cedo e não tinha fila!!! Então recomendo chegar na hora que ele abre, pois além de evitar a fila imensa, você também pegará o museu mais vazio, porque depois que ele lota, fica um desespero, todo mundo praticamente correndo a caça da Monalisa. Um horror, na verdade. Acabei ficando pouco tempo no museu, porque fiquei irritada com a quantidade de gente e com a correria. Parecia a 25 de março em SP na véspera do Natal.



Também não peguei muita fila para subir na Torre Eiffel, acredito que fiquei 1h na fila, o que é pouco considerando que era verão. Cheguei na torre por volta das 19h30 e subi quando era 20h30, mas ainda estava claro. Fiquei muito tempo na torre, esperando anoitecer, o que foi ótimo, pois pude ver a cidade lá de cima sob a luz do sol, vi o sol se pôr e também vi as luzes da cidade começarem a acender. É uma coisa linda de se ver! Lá de cima é possível ver todas as construções importantes da cidade iluminadas. Recomendo ficar lá em cima até às 22h, quando a torre se acende e pisca – no verão, ela acende nesse horário e pisca por 5 minutos às 22h, às 23h e às 24h, depois disso a torre se apaga. No inverno, ela acende mais cedo, acho que às 18h e também pisca de hora em hora.

Dos museus que fui, meu preferido é e sempre será o D’Orsay. É nele que estão as obras dos pintores impressionistas como Monet, Manet e Renoir. Há também várias obras do Van Gogh. Além disso, o museu fica em uma antiga estação de trem muito bonita. No último andar, também há um terraço de onde se tem uma vista linda da cidade.

Uma dica importante é sempre checar no site dos museus os dias e horários de abertura, porque alguns museus fecham de segunda e outros, de terça. Além disso, alguns museus ficam abertos até de noite uma vez por semana. No primeiro domingo de cada mês, a entrada nos seguintes museus é gratuita: Musée du Louvre (apenas de outubro à março), Centre Pompidou, Musée d’Orsay, Musée du Quai Branly, Musée de l’Orangerie, Musée Rodin, Musée Picasso, Musée de la Chasse et de la Nature, Musée du Moyen Âge Cluny e Castelo de Versailles

Falei tanto sobre minha semana aqui em Paris, que vou deixar para falar da segunda viagem em outro post.

17 de janeiro de 2015

Vale a pena ir pra Europa no inverno?



Musée Rodin

Antes de marcar a viagem, eu me fiz essa pergunta várias vezes, também li vários posts sobre o assunto em blogs de viagem. Decidi vir em janeiro mesmo, porque queria conhecer a Europa no inverno e, quem sabe, ver neve (Já estou há 20 dias aqui e isso ainda não aconteceu). Minha primeira viagem para a Europa foi em julho de 2013, durante o alto verão, então agora que estou aqui no inverno posso avaliar melhor esse assunto. Pensando na pergunta do título deste post, minha resposta vai ser: depende.

Depende do seu objetivo e do que você vai querer fazer aqui. Depende se você gosta mais de frio ou de calor. Depende se você gosta de acordar cedo ou tarde. Depende se você curte mais ir a museus ou conhecer a cidade.

O primeiro ponto negativo de vir pra Europa no inverno é que o dia dura muito pouco: começa a amanhecer às 8h30 e às 17h30 já está escuro, nessa hora o frio também aumenta e fica bem difícil andar pela cidade. Por isso, o dia não rende. Quando vim no verão, saía de casa super cedo e ficava zanzando pelas ruas até 9 ou 10 horas da noite, que era quando começava a escurecer. Fiz MUITA coisa. Mas agora é beeem difícil acordar antes das 8h, porque ainda está escuro. Além disso, achei mais cansativo passear no inverno, porque estamos sempre com um monte de roupa. Pode parecer bobeira, mas bota e casaco pesam e você se cansa mais fácil.

Outro ponto negativo é que aqui em Paris chove muito no inverno. Na maioria dos dias, o tempo ficou nublado e chuvoso. Estou há 2 semanas aqui e só peguei 2 dias de sol. Por isso, fica complicado passear pela cidade e todos seus programas precisam se restringir a locais fechados: museus, centros culturais, cinemas, restaurantes. Eu acabei passando algumas tardes em casa, estudando francês, pois não quis me arriscar a sair na chuva e ficar resfriada. Nada pior que ficar doente em outro país no inverno.

Em Barcelona, o frio não era tão intenso (a média de temperatura foi 10 graus) e fez sol todos os dias, então acho que a viagem valeu a pena. No entanto, eu imagino que a cidade seja muito mais bonita, viva e animada no verão, quando também é possível aproveitar as praias de lá – que são lindas. Fiquei com muita vontade de voltar pra lá no período de calor.

Canal Saint Martin

Eu já vim pra Paris no verão, então posso comparar melhor e... não vale a pena vir no inverno. Paris é uma cidade linda e uma das melhores coisas de se fazer por aqui é andar pela cidade, coisa complicada de se fazer no inverno, porque chove praticamente todos os dias. Além disso, alguns passeios tornam-se quase impossíveis de se fazer, como subir na torre Eiffel: ou o tempo está nublado e a torre coberta pelas nuvens/neblina, ou está sol como hoje, porém muito frio – e venta muito lá em cima! A cidade também é muito arborizada, claro que adorei ver as árvores todas sem folhas nesse clima de frio, mas Paris fica muito mais linda com as árvores verdinhas espalhadas pela cidade.

Para quem gosta muito de ir a museus, até vale a pena vir no inverno, pois como há bem menos turistas na cidade, quase não há filas. Para estudar francês, também achei melhor o inverno, justamente porque o número de turistas diminui. Quando vim pra cá no verão, praticamente não falei francês, pois todo lugar aonde eu ia, como restaurantes, por exemplo; as pessoas já falavam comigo em inglês. Eles sabem que há tantos turistas pela cidade, que a chance de você ser um turista é de 90% rs.

No fim, acho que acabei fazendo o certo: vim pela primeira vez para a Europa no verão e pude aproveitar muito tudo o que cada cidade tinha para oferecer. Agora voltei no inverno, pra passar um pouco de frio e aproveitar essa paisagem que a gente não vê no Brasil.


14 de janeiro de 2015

Guia de viagem - O inverno em Barcelona e Paris

Confesso que eu estava um pouco receosa de fazer essa viagem no inverno por motivos de: passar frio. No Brasil não faz frio, em 2014 eu não usei casaco nenhum dia, nem precisei colocar meia-calça por debaixo da calça jeans – e olha que eu sou super friorenta e saio de casa às 6h20 pra ir trabalhar. Por isso, pra gente, 15ºC já é o ápice do inverno. Eu já fui para Buenos Aires no inverno, lá é mais frio que no Brasil, mas o inverno ainda é menos rigoroso do que na Europa, por isso eu não sabia o que esperar.

Em Barcelona, o frio foi bem suportável. A temperatura ficou em torno de 10°C, mas no final da tarde esfriava um pouco e também ventava bastante, então já não dava mais pra ficar na rua sem luva, por exemplo. Em geral, eu estava sempre de calça jeans e mais alguma coisa por baixo (meia-calça fio 80, aquela que é quase de lã, ou calça térmica), uma blusa de frio (lã ou de forclaz), um casaco e duas meias. Eu sou bem friorenta, mas vestida assim não passei frio.

Quer dizer, não tinha passado frio, até o dia 04/01, quando já estava em Paris. À noite fomos para o Marché de Nöel das Champs Élysée, pois era o último dia da feirinha. E como fez frio aquela noite!! Eu estava bem agasalhada, com tudo o que listei acima. Mas passei frio mesmo assim. Como?! Nos pés. Não importa quantas meias você coloque, se você estiver de tênis ou de bota normal, será bem difícil manter o pé quente. Meus pés e das minhas amigas estavam congelando tanto que acabamos ficando pouco tempo na feirinha.

Maaaas... o pior ainda estava por vir. Na manhã seguinte, acordei para ir pra aula de francês e, antes de me vestir, fui olhar a previsão do tempo: sensação térmica de -7ºC. MENOS 7 GRAUS! Seria minha primeira vez em um mundo abaixo de zero, por isso resolvi dar um upgrade na vestimenta: 3 meias, 3 calças, 3 blusas. Mais touca e um cachecol imenso enrolando no pescoço, deixando só meus olhos para fora. Mas passei frio mesmo assim! Novamente, meus pés congelaram, passei o dia todo com os pés gelados. No resto do corpo, estava bem quentinha, por isso recomendo muito usar um casaco de lã, daqueles pesados que vão quase até o joelho, eles esquentam muito. Eu só precisava mesmo resolver o problema dos pés.

Felizmente, uns dias antes minha amiga tinha visto umas botas lindas, baratas e com pelinhos dentro em uma lojinha nos corredores do metrô. Fomos até lá, comprei uma bota e um tênis, os dois com pelinhos dentro, e desde então minha vida mudou!!! Com eles meus pés ficam quentinhos o dia todo.
Então, nem adianta achar que aquela sua bota de cano alto vai segurar o frio do inverno europeu – a não ser que você seja uma pessoa resistente ao frio, o que não é meu caso. Sem um sapato com pelo por dentro, é difícil esquentar os pés e, pelo menos pra mim, os pés são uma região crítica: se meus pés estão gelados, eu passo frio. Ontem mesmo achei que não estava tão frio, depois da aula de francês voltei pra casa e coloquei meu tênis, pois já estava um pouco cansada de ficar só de bota. Por que meu Deus eu fiz isso?! Meus pés congelaram e passei muito frio. Daqui até o final da viagem, não sairei mais de casa sem meus sapatos com pelo dentro.

Aqui acabei descobrindo outra região crítica: o pescoço. Um dia saí de casa com um cachecol de tecido, daqueles bem fofinhos. Foi tenso! Ao longo do dia, minha garganta começou a doer, fiquei até um pouco resfriada. Depois disso, só saio de casa com um cachecol de lã bem grande e quente. Se estiver muito frio, é bom enrolar o cachecol até a altura do nariz, para respirar por ele – assim você não sente o ar gelado entrando pelo nariz.

E para situações muito críticas de frio intenso, aquele momento em que você está andando pelas ruas, a caminho de um museu, e começa a congelar, a melhor solução sempre será: entrar em um estabelecimento comercial e usufruir do aquecimento! Cafés, bares, lojas, farmácias, livrarias... Entre em qualquer um deles e fique uns minutinhos até seus pés e mãos descongelarem!

Minha estadia na Europa ainda não terminou: tenho mais uma semana e meia em Paris e um fim de semana na Alemanha. Apesar de sofrer com o frio, estou torcendo pra esfriar bastante e chover, porque se essas duas coisas acontecerem juntas, o resultado será lindo: neve! Neve na torre, neve na Champs, neve na Notre Dame, neve no Jardim de Luxemburgo! Veremos!

Só pra terminar: dá pra comprar roupa de inverno na Europa? Dá! Comprei um casaco de lã por 60 euros na Zara, uma bota de cano alto por 50 euros e a bota com pelo dentro custou 29 euros (uma pechincha)! Também comprei uma blusa térmica por 6 euros na Decathlon em Paris. Agora as soldes (promoções) começaram, então é possível achar casacos por 40 ou 30 euros na Forever 21 – eu só comprei antes, pois realmente precisava de um casaco mais quente – e blusas de lã bem grossa por 10 ou 15 euros. As botas são mais caras aqui, muitas custam acima de 100 euros, por isso é preciso fuçar nas lojas baratinhas dos metrôs ou das ruelas, lá é possível comprar botas bem baratas e bonitas. A bota que eu comprei no metrô de Paris é linda e de um material bom (não sei se é de couro, mas também não parece plástico, sabe), além de esquentar muito!

12 de janeiro de 2015

Guia de viagem - O que fazer em Barcelona?

Playa de la Barceloneta

Barcelona é uma cidade incrivelmente linda. Fiquei realmente surpresa ao chegar lá, já tinha ouvido muitos comentários positivos sobre a cidade, mas não imaginava encontrar tanta beleza. Por isso, uma coisa essencial para se fazer em Barcelona é: andar! Andar muito, por todas as ruas, pelas grandes avenidas arborizadas, pelas ruelas do Bairro Gótico, pela avenida da praia de Barceloneta.

Outra coisa pra se conhecer em Barcelona são as construções projetadas pelo Gaudí, que é praticamente o dono da cidade: há muitos prédios de sua autoria espalhados por todos os cantos. Eu conheci dois deles: o Parque Güell, Casa Battló e a Sagrada Familia. A entrada da Casa Battló é cara (21,50 euros!!), mas vale a visita, pois o lugar é incrível. A entrada no Parque Güell era gratuita até pouco tempo atrás, mas agora também está sendo cobrada.

Parque Güell

Além disso, em alguns museus, as visitas estão com hora marcada quando a ingresso é comprado na bilheteria do museu. É uma medida que eles acabaram de implantar e que, na minha opinião, não está funcionando, pois os turistas acabam gastando um dia inteiro para conhecer apenas um local. Explico: chegamos no Parque Güell às 11h (talvez um pouco depois) e havia uma fila grande para comprar o ingresso. Quando chegou a nossa vez, só tinha ingresso para entrar no parque às 16h!!! Compramos o ingresso e ficamos passeando pela região, almoçamos, voltamos para o parque e passeamos pela parte que é aberta. Quando deu 16h, entramos na parte com acesso restrito, onde estão os mosaicos do Gaudí. Depois de conhecermos essa área, já estava anoitecendo e ficando frio, então fomos para casa. Levamos um dia todo para visitar um único parque. Se o ingresso permitisse a entrada imediata, provavelmente teríamos conhecido algum outro lugar nesse mesmo dia. Tivemos problemas no dia seguinte também. Resumindo: perdemos muito tempo em filas e zanzando pelas ruas até dar a hora de entrada.

E como evitar esse problema? Comprando o ingresso antes, na internet, nos pontos de informações turísticas e no ponto de informação cultural (no caso de alguns museus, ele fica na La Rambla, 99). Quando fomos ao Museu do Picasso, compramos o ingresso antes e assim não pegamos a fila da bilheteria e nosso ingresso também não tinha hora marcada, mas não sei se nos outros museus, parques e casas funciona da mesma maneira. Achei essa organização cultural da cidade um pouco caótica. Por isso, o melhor a fazer é pesquisar antes, decidir quais lugares você vai visitar e comprar todos os ingressos antecipadamente.

Um ponto muito legal de visitar também é a Fira Montjuïc. Nessa região fica a Plaça de Espanya, um chafariz imenso (há alguns shows de águas e luzes com dia e hora marcada) e no final, está o MNAC (Museu de Arte Moderna da Catalunha). É uma região muito bonita!! Eu passei o Réveillon 2014-2015 em Barcelona e foi na Fira Montjuïc que aconteceu a queima de fogos. A avenida ficou lotada de pessoas e, enquanto esperávamos dar meia-noite, pudemos assistir o show de água e luzes, que realmente é muito bonito. A queima de fogos foi... bem decepcionante. Quando estava começando a ficar boa, acabou. As pessoas olhavam umas pras outras com aquela cara de “Já acabou?! Foi só isso?!”. Sim, foi só isso, durou só 7 minutos e foi bem fraquinha, sem muita emoção.


Fira de Montjuïc, na noite de Réveillon. O MNAC ao fundo.

11 de janeiro de 2015

Hospedagem em Barcelona, Paris e Strasbourg

Sempre que eu viajo, leio mil blogs de viagem para encontrar dicas dos lugares para onde vou e me programar. Mas, nem sempre, eu acho as informações que eu quero. Então vou escrever alguns posts contando um pouco da minha viagem e também dando algumas dicas, pensando nas informações que eu sempre procuro nos blogs que leio.



Sagrada Família, Barcelona

Hospedagem em Barcelona e Paris


Acho que esse acaba sempre sendo um dos maiores gastos de uma viagem ao exterior, porque pagamos em euro, o real vale pouco, então mesmo uma noite em um hostel acaba não saindo barato. 

Ficar em um hotel aqui na Europa, para mim, sempre esteve fora de cogitação, pois a viagem ficaria muito cara. Também já não tenho muita paciência para ficar em hostel. Eles são baratos e, normalmente, bem localizados, mas há sempre a inconveniência de dividir quarto com pessoas estranhas que você não sabe como vão se comportar.

Agora mesmo estou hospedada em um hostel em Strasbourg – acabou sendo a melhor opção aqui – e ontem duas meninas com quem estou dividindo quarto (somos em 4) chegaram às 23h e ficaram conversando até mais de meia-noite, falando alto, com a luz acesa. Eu poderia ter pedido para irem conversar em outro lugar? Poderia, mas achei melhor evitar esse momento chatice, afinal fico aqui só 2 dias mesmo, deitei e acabei dormindo antes da conversa acabar. 

Passar por isso um dia, ok, mas como vou viajar por um mês, ficaria bem estressada se passasse por situações como essa todos os dias. Por isso, pela segunda vez usei o site Airbnb para fechar as hospedagens. Através desse site, é possível alugar quartos e até mesmo aptos e casas inteiras no mundo todo (há muitos anúncios do Brasil também). É um site seguro, pois os donos dos imóveis passam por um processo de inscrição bem rigoroso. Além disso, depois de se hospedar na casa de alguém, os usuários sempre deixam uma mensagem dizendo como foi a hospedagem e isso ajuda muito na hora de escolher um lugar pra ficar. 

Na primeira vez que vim pra Europa, aluguei um quarto na casa de uma senhora francesa por uma semana. Eu tinha um quarto só para mim e dividia o resto do apto com ela (cozinha, banheiro, etc). O custo-benefício foi muito bom, pois paguei o mesmo que pagaria em um hostel para dividir quarto com outras pessoas, mas tive mais privacidade e ainda podia cozinhar, por exemplo, o que ajuda a economizar nos gastos. Também acho mais seguro, pois tinha um quarto só para mim que ficava fechado com chave, onde podia deixar todas as minhas roupas, máquina fotográfica, computador e dinheiro sem medo de ser roubada. 

Dessa vez, aluguei um quarto em Barcelona junto com uma amiga. O quarto ficava perto de La Rambla, um lugar muito bom. É uma região movimentada, com gente na rua até tarde, muitos restaurantes, bares, baladas, lojas e metrô por perto. O dono do apto foi muito simpático, como nós chegamos tarde, ele foi nos esperar na saída do metrô, nos ajudou a subir as malas e ainda fez jantar pra gente. Moravam outras pessoas no apartamento. A diária foi de 45 euros por dia.

Depois viemos para Paris e ficamos em um apartamento no 10éme arrondissement (os bairros em Paris são divididos em 20 sub-regiões), perto do Canal Saint Martin, uma região muito parisiense, onde quase não há turistas na rua. Gostamos muito do apto, que era pequeno, mas muito bem arrumado e organizado. Ficava próximo a supermercado, metrô, vários restaurantes e bares. Recomendo muito essa região, como você fica longe da agitação dos pontos turísticos, dá pra se sentir um pouco parisiense. O dono desse apto também foi bem simpático. Eles nos aguardou do lado de fora, nos recepcionou e deu várias dicas da cidade. Além disso, ele tinha comprado várias coisas pra gente, como: pão, suco, manteiga, geleia, frutas, sabonete e shampoo. A diária foi de 60 euros por dia. 

É lógico que mesmo ficando em quartos e aptos alugados no site Airbnb, alguns inconvenientes podem acontecer. No apto em Barcelona, por exemplo, o wifi não funcionava no quarto e o dono do apto tinha um gato louco que tentou nos morder rs. Mas são probleminhas que, em geral, é possível superar com facilidade.

Nas próximas duas semanas, ficarei hospedada no quarto que aluguei no apto de uma família francesa. Como vim para cá para estudar francês, achei que ficar na casa de uma família seria muito bom, pois eu teria mais oportunidades de falar francês. Vamos ver como será!

Se você quiser ganhar  bônus de 22 euros, cadastra-se no AirBnb usando este link www.airbnb.com.br/c/acamara28?s=8

Hospedagem em Strasbourg

Em Strasbourg, me hospedei no hostel Ciarus, em um quarto compartilhado feminino (4 pessoas) com banheiro.
O hostel é bem grande, novo e bem cuidado, parece um hotel. O quarto estava muito limpo e arrumado, tinham 3 travesseiros na cama e eles também oferecem toalha. A diária saiu por 21 euros, o café da manhã não está incluso e custa 6 euros. O Ciarus não fica no centro antigo da cidade, mas fica bem perto, consegui andar todo o centro a pé. Também é possível ir a pé até a estação de trem.