26 de julho de 2009

Renda pra quê?

Essa semana eu fui comprar lençol em uma dessas lojas de departamento e fiquei surpresa quando vi, na sessão infantil (INFANTIL!), vários sutiãs com bojo. Como assim?! Desde quando criança de 11 anos usa sutiã com bojo?!

Bom... mal sabia eu que o pior ainda estava por vir. Quando eu estava indo embora, passei pelo outro lado da sessão infantil e vi muitos sutiãs com bojo ... e renda!! Por que meu Deus uma menina de 11 anos precisa usar um sutiã com renda, todo sexy?! Pior, que tipo de mãe compra isso pra filha??

Como diria minha vó, na minha época, meninas de 11-12 anos usavam aqueles sutiãs que mais pareciam um bustiê (é assim que escreve?), cor de rosa e com desenhos fofinhos. Mas num mundo onde adolescentes de 12 anos tem filhos e meninas de 11 anos protagonizam vídeos caseiros de sexo, não sei porque me espantei com a renda...

Na verdade, o que me assusta mais é saber que tem mãe que compra isso (pelo menos quando eu tinha 11 anos, era minha mãe que comprava tudo pra mim, eu até opinava, mas a palavra final era dela), aí a filha aparece grávida aos 13 e ela não sabe o que aconteceu com a sua menina.

Me assusta ver essas (pré)adolescentes na rua. No começo do mês, estava com uma amiga na fila de uma loja num shopping. Era um dia frio, nós estávamos de calça, bota e blusa de frio e, na nossa frente, tinham duas meninas de shortinho, blusa decotada, bota plataforma e muita maquiagem. Elas deviam ter no máximo – chutando alto – uns 12 anos e pareciam duas mini-prostitutas... mini-monstros... uma coisa terrível!

Essas meninas passam a infância querendo ser mulheres fatais e depois, quando forem mulheres de fato, vão se arrepender por terem adiantado tanto o tempo a ponto de não terem vivido direito cada fase da vida. Isso tudo é muito clichê, eu sei, mas é a mais pura verdade.

Porque depois que o tempo passa, dá uma tristeza saber que você deixou de brincar mais um dia com a sua vizinha, perdeu aquela festa do colégio, deixou de assistir a milésima comédia-romântica-água-com-açúcar com as suas amigas, não passou mais aquela noite se empanturrando de pipoca, guaraná e brigadeiro na casa da sua prima... A melhor coisa que se pode fazer é aproveitar o que cada etapa da nossa vida tem de bom – e de ruim.

25 de julho de 2009

Circo e música

Com esse tempinho frio e chuvoso, dá muita preguiça sair de casa, mas Campinas recebe esse mês duas atrações pelas quais vale a pena sair de debaixo da coberta.

Uma delas é o Unicirco – mais conhecido como circo do Marcos Frota. O projeto da Universidade do Circo tem como objetivo encontrar e apoiar novos talentos do picadeiro e divulgar a arte circense. O Unicirco ficará em Campinas até 2 de agosto, na Lagoa do Taquaral, mas há a intenção de que uma unidade do Unicirco fique em Campinas definitivamente, no Parque das Águas do Capivari. O circo tem sessão às quartas, quintas e sextas, às 20h, e no sábado e domingo às 16h, 18h e 20h. Os ingressos custam R$ 30 e R$ 15 (meio valor).

A outra atração é a apresentação da OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo). A OSESP está fazendo uma turnê pelo interior do estado e fará uma apresentação em Campinas no próximo sábado, dia 1º de agosto, na Praça Arautos da Paz. A apresentação é gratuita. É uma ótima oportunidade de ouvir um concerto de música clássica da melhor orquestra do Brasil.

21 de julho de 2009

Pisou ou não pisou?

Ontem a minha mãe me perguntou se eu acreditava que o homem tinha pisado na Lua e eu respondi que não. E eu não acredito mesmo.

Muitos incrédulos foram zuados pela TV e pelos jornais por também responderam Não pra pergunta acima. Bom, aqui vão minhas justificativas.

Primeiro, eu acho que em 1969 a tecnologia era muito precária para a realização de um feito tão extraordinário. Os computadores eram gigantescos e tinham uma memória minúscula, os carros não eram grande coisa e a TV ainda era em preto e branco. Num mundo onde a TV é em preto e branco, será que seria possível colocar gente andando na Lua?

Uma segunda coisa que me intriga é o fato disso nunca mais ter se repetido. Depois de 1969, o mundo mudou muito, tudo evoluiu, coisas que ninguém pensava que pudessem acontecer (como a clonagem, por exemplo) se tornaram realidade... no entanto, nenhum homem voltou a pisar na Lua! Eu não acredito que os EUA perderiam a oportunidade de repetir esse acontecimento milhões de vezes e mostrar para o mundo como eles são maravilhosos, perfeitos, ricos, avançados e blá-blá-blá.

Além disso, as imagens divulgadas na TV não me convencem. Tudo escuro, preto pra caramba, não dá pra enxergar nada, parece TV com chuvisco... quem me garante que aquilo lá é a Lua?! Todas aquelas cenas parecem mais coisa de Hollywood do que da NASA.

Por último, eu não acredito em nada – NADA – que venha dos EUA. No cenário da época, a briga entre EUA e URSS estava acirradíssima e quando a URSS mandou o primeiro astronauta pro espaço, os EUA – ÓBVIO – não iam querem ficar por baixo né?! Não duvido nada que eles possam ter inventado essa história toda só para confirmar a tal superioridade americana.

20 de julho de 2009

Menos pânico peloamordeDeus!!!

Eu não agüento mais esse terror em volta da gripe suína, estimulado dia-a-dia pelos meios de comunicação no Brasil. Até parece que estamos diante de uma epidemia de ebola!

É lógico que ninguém quer ficar doente, eu mesma cancelei uma viagem de duas semanas pra Argentina por medo de ficar doente lá e ter que ser tratada em outro país. Mas os noticiários de TV estão exagerando demais e deixando a população doida por causa da gripe suína. A minha mãe está até com medo de ir ao cinema comigo na quarta porque falaram no jornal que a população precisa evitar lugares fechados e com multidão.

A gripe suína mata? Mata, assim como a gripe comum também mata. Aliás, a gripe comum mata muito mais. No EUA, uma média de 36 mil pessoas morrem todos os anos por causa da gripe comum. Em 2006, 70 mil pessoas morreram no Brasil por complicações causadas pela gripe... e alguém deixou de sair na rua por causa disso? Alguém deixou de passar frio em festa junina e evitar multidão de rodeio? Não! Até agora, 15 pessoas morreram no Brasil por causa da gripe suína... então, por favor, menos pânico!

Vários médicos já falaram mil vezes na TV que a gripe suína só é perigosa mesmo para pessoas que já tenham algum outro problema de saúde, como obesidade, problemas respiratórios e doenças que baixam a imunidade (como o câncer). Além disso, idosos e grávidas devem tomar mais cuidado. Mas ninguém precisa deixar de sair na rua porque acha que vai pegar a gripe e morrer terrivelmente 30 minutos depois. Mas parece que a população só dá atenção para as bobagens faladas pelos jornalistas da Record e pelas notícias dramáticas e terríveis que saem da boca do William Bonner.

Eu também já me desesperei (confesso!), mas depois de pensar melhor sobre a história toda, sobre todas as notícias veículadas pela mídia e ler muita coisa na internet, vi que não há motivos pra tanto medo.

Essa situação toda me lembra muito o filme V de Vingança: o governo cria um novo vírus, espalha em lugares estratégicos (uma escola, um hospital e uma estação de água) com o objetivo de aterrorizar a população e, então, deixá-la suscetível e totalmente submissa às suas ordens. Tudo com a ajuda, é claro, dos meios de comunicação. Não acredito que o governo tenha criado o vírus da gripe suína... mas vamos combinar que o terror causado pela mídia é bem familiar.

Portanto, o melhor a fazer é se informar bastante e procurar um médico se você apresentar todos os sintomas. Mas não é preciso se desesperar só porque você deu um espirro (que, aliás, não é sintoma de gripe suína).

19 de julho de 2009

SELLL 2009

A SELLL é a Semana de Estudos Literários, Letras e Linguística. É um evento organizado pelos alunos desses 3 cursos e costuma ser bem legal!

Esse ano, a SELLL será realizada de 10 à 14 de agosto e a programação já está disponível no site.


Eu gostei bastante dos temas das palestras e os mediadores (todos professores da Unicamp) foram muito bem escolhidos. O único problema é que as palestras são todas durante o dia, então pra quem trabalha fica difícil acompanhar. Eu vou tentar conseguir uma folga na terça, para ver a palestra Limites da Representação: Sociedade brasileira na Literatura Contemporânea, quero muito ouvir o Miltom Hatoum.

15 de julho de 2009

Na casa do Drummond

Esses dias eu recebi a foto que tirei com uma das professoras da faculdade, na Colação de Grau dos cursos de Letras e Linguística, em dezembro do ano passado. O nome dela é Suzi Sperber e ela é a professora mais sensível que eu já tive (e olha que eu tive a sorte de ter muitas professoras sensíveis). Sabe aquelas pessoas que passam pela sua vida e fazem diferença? Ela é assim. Eu fiz duas disciplinas com ela, uma sobre poesia e uma sobre teatro.

Na colação, ela era paraninfa da turma de Letras e o discurso que fez foi, como todo mundo já previa, o mais bonito. Enquanto a maioria dos professores passa a vida tentando cortar as asas dos seus alunos e fazendo o possível, o impossível e o inimaginável para ferrá-los, ela terminou o discurso demonstrando seu desejo e objetivo em dar aulas: que seus alunos voassem alto.

Ninguém nunca cometeu a indelicadeza de perguntar sua idade, mas diante do fato de que ela se formou na graduação em 1965, ela já deve ter muuuuuitos anos... de puro conhecimento. Ela é um poço de conhecimento e cultura. Seu orientador de mestrado foi o Antonio Candido, um dos caras mais importantes na área de Crítica e Teoria Literária do país. Sabe aqueles estudiosos que escrevem os livros bases do seu curso, livros que todo mundo tem que ler? Aquelas pessoas importantes da ciência, que acabam virando nome de remédio, doença ou hospital? Então, ele está bem nesse nível. Ainda está vivo, firme e forte. Há uns 3 anos assisti uma palestra dele na faculdade. A palestra foi de graça - pressuponho que ele também ache que conhecimento não tem preço – mas suas palavras valeram muito, pois pudemos presenciar todo seu conhecimento, simpatia e bom humor. Ele é uma lenda viva e estava na minha lista de “pessoas que quero conhecer/ver antes de morrer”.

Na época em que tivemos aula de poesia com a Suzi, a sua filha estava muito doente, tinha pouco tempo de vida. Em uma das aulas, ela lia um poema do Alberto Caeiro. Era um poema que falava sobre a morte. Uma pessoa que estava prestes a morrer falava como a outra deveria agir quando chegasse a sua hora. No meio da leitura, ela parou e começou a chorar. E foi então que todo mundo entendeu pra que serve a poesia.

Também teve algo que aconteceu em uma outra aula. Ela falou uma coisa que deixou todo mundo completamente de boca aberta, sem ar, sem reação. Assim, sem mais nem menos, como você vira para sua mãe e fala “mãe, vou buscar pão e já volto”, ela falou “... porque no dia em que eu estava na casa do Drummond”. COMO ASSIM? Ela conhecia o Drummond? Ela ia na casa do Drummond?

Ninguém lembra o que ela falou antes disso. Nem depois. Pra ser sincera, acho que ninguém sequer lembra o tema daquela aula... Talvez vocês não saibam o que significa para um estudante de Letras ter aula com alguém que era amigo do Drummond. Bom... significa muito. Muuuuuito!

Aaah Estadão, isso é que conhecimento!

12 de julho de 2009

Conhecimento não tem preço

A nova campanha do Estadão tem um discurso bonito, mas totalmente incoerente para um jornal. O objetivo da campanha é mostrar que o jornal nos traz conhecimento, mas se você prestar atenção na definição de conhecimento proposta pela própria propaganda, verá que é justamente o contrário: de conhecimento o jornal não tem nada.

Conhecimento fica e dura para sempre. Quantas das notícias que lemos no jornal duram para sempre? Nem 1% delas. No dia seguinte, um novo crime vai acontecer e aquele, do dia anterior, será esquecido. De nada adianta saber que há 3 dias o dólar custava menos de R$2 se, hoje, ele já ultrapassou esse valor. Hoje, ninguém mais fala da gripe aviária que causou medo há anos atrás. E é esse tipo de coisa que encontramos no jornal.

Eu me lembro que, em uma das primeiras aulas da faculdade, uma professora nos falou: depois de fazer esse curso, vocês nunca mais serão os mesmos, vocês nunca mais conseguiram ouvir uma conversa sem pensar no que está por traz dela. E ela estava certa. Quando você faz uma faculdade, passa 4 anos aprendendo a construir seu próprio conhecimento e a, com ele, transformar a maneira como você vê o mundo (ou pelo menos, uma parte dele)

É muita pretensão achar que um jornal é capaz de fazer isso. É claro que tudo que lemos em jornais, revistas e internet nos ajuda a ampliar nossa visão de mundo e a gerar mais conhecimento. Mas o jornal, em si, não é "O" conhecimento, ele é apenas uma de suas fontes ... e existem milhares delas.

Com exceção de algumas poucas reportagens sobre pesquisas e acontecimentos realmente marcantes, tudo aquilo que lemos no jornal não passa de notícias, fatos e acontecimentos que serão esquecidos... muitos deles serão esquecidos no dia seguinte, quando o novo jornal chegar. Isso é informação. Conhecimento é outra coisa.

Conhecimento é aquilo que você mesmo constrói ao longo da sua vida, baseado em tudo que leu, presenciou e viveu. Conhecimento não se compra e, portanto, não tem preço.

5 de julho de 2009

Eu odeio o Google Chrome

Eu odeio o Google Chrome. ODEIO!! Ele não sabe postar no blog, programa burro. Fica tudo deformado, mal formatado, a letra fica gigante, horrível. Resultado: tive que sair do Google Chrome, abrir o Internet Explorer e postar de novo.

O que eu não entendo é... se o Google Chrome é do Google, se o Blogger.com é do Google... por MEU DEUS eles não se entendem?!?

Pessoas do Google, resolvam isso. Obrigada

Aconticido - Academia


Não sei o que me dói mais na academia:

as séries no supino articulado reto
ou a placa "Manutensão" colada na esteira.

Ai!

Atualização - 14/07/09: A placa foi corrigida!! hehehe