9 de novembro de 2007

Vergonha: todo mundo tem


Como todo mundo é curioso (sim, tds são =p), é bem provavél que você que está lendo esse blog e talvez não me conheça ou não me conheça muito, gostaria de saber mais sobre mim... Mas o invés de ficar me descrevendo e inventando um monte de coisas maravilhosas e perfeitas sobre mim, como todo mundo faz no orkut, blog, etc... Eu resolvi falar sobre algo que todo mundo tem, mas ninguém assume: vergonha! Você já parou pra pensar que você tem, usa, gosta, vê, ouve, faz uma porção de coisas que você morre de vergonha, não tem coragem de contar nem pro seu amigo, pra sua mãe, nem pro cachorro?! (bem no estilo daquela comunidade do orkut "Eu gosto mais tenho vergonha"). Pois bem, eu acho que essas coisas nos definem muito melhor que qualquer descriçao, pois elas nos mostram do jeito que a gente é, com defeitos, micos e momentos bestas.
bom, lá vai minha lista de vergonhas.
Eu morro de medo de altura. Nunca pulei muro, subi em cima da casa, quase morria pra subir na mangueira da minha vizinha, não brincava no trepa-trepa na pré-escola e tinha medo de descer no escorregador. Não vou em montanha-russa, elevador, barco viking, nada disso... pra ser sincera, nem vou naquele minhocão de criancinha. Também não sei dar estrela, nem cambalhota. Isso não tem nada a ver com altura... mas também é vergonhoso!
Meu gosto musical é duvidoso. Eu já quis ser paquita e sabia todas as coreografias da Xuxa de cor, desisti da idéia porque estava longe de ser loira e minha mãe não era louca o suficiente pra descolorir meu cabelo aos 10 anos de idade... Anos depois, o mal loiro continuou a me perseguir e eu virei fã de Hanson (isso, aqueles três irmãos que pareciam mulher). Eu fui num programa de TV para vê-los, tirei duas fotos tão boas que nem dá pra ver que tem gente no palco. A loucura adolescente passou, mas, eu confesso: tenho o último cd deles.
Eu tenho medo de tirar sangue. Isso é maldade, mas eu agradeço por não poder doar sangue, pois se pudesse, não teria coragem! Tudo começou quando eu tinha 1 mês de idade e tirei sangue pela primeira vez e nunca mais parei. Embora já tenham se passado mais de 22 anos, eu ainda tenho medo. Já corri pelos corredores do Hemocentro, já fui segurada por enfermeiros, já chorei até passar mal e sempre quase desmaio. A fase do choro desesperador ao ouvir a enfermeira chamar meu nome já está sendo superada, mas eu ainda fico tonta e vejo o mundo girar. Ao menos, o vexame me rendeu um lanchinho da ultima vez.
Eu também não ando de moto, nem corro demais andando de bicicleta. Eu assisto filmes adolescentes-água-com-açúcar. Eu não assisto filme de terror. Eu não gosto de ficar sozinha em casa, sempre ligo o rádio ou a TV pra ter companhia. Eu não gosto de andar sozinha na rua de noite, se for na padaria, vou e volto correndo. Quando eu fui pro Rio, a gente dançava Atoladinha em todas as baladas. Quando eu li Harry Potter, via o cachorro preto (esqueci o nome) na janela da cozinha e ia dormir. Eu tenho medo de pessoas estranhas na internet. O meu cabelo não é liso.
E é ... eu tinha vergonha de fazer um blog...

Um comentário:

Fernanda disse...

Eu confesso que tenho vergonha de ficar com alguém perto de você...
confesso que você e a Lígia são as pessoas que restaram da nossa turma... confesso que adoro ir na sua casa...