28 de junho de 2012

Ou faça seu trabalho bem feito, ou não faça



Se tem uma coisa que eu acho insuportável é gente com má vontade. Sabe quando você vai em uma loja, lanchonete, mercado ou seja lá o que for, e o operador de caixa te atende com a maior má vontade do mundo?! Você pergunta, ele ignora ou responde de qualquer jeito. E fica lá, te olhando com aquela cara de bunda. Tudo bem, estar trabalhando no caixa de um supermercado no meio de um feriado, enquanto faz o maior sol lá fora, não deve ser nenhum pouco empolgante. Mas isso não é culpa minha. Não tenho culpa se ele está trabalhando no feriado, se ele ganha pouco ou se odeia o trabalho. E a partir do momento que ele aceitou aquele emprego, que o faça direito.

O mesmo vale para aquelas pessoas que são donas do próprio emprego/comércio e te tratam como se elas estivessem te fazendo um favor, pelo simples fato de existirem no mundo, terem aberto aquele estabelecimento e te oferecerem aquele serviço. É você quem deve agradecer a eles, não o contrário. Tem um sapateiro perto de casa que é assim. Toda vez que eu vou lá, saio com vontade de ter tacado o sapato na cara dele ou enfiado o salto bem no meio da testa.

Essa semana, passei por outra situação assim. Situação que deixa bem claro o significado das palavras má vontade e incompetência.

Fui em uma assistência técnica levar meu depilador para consertar. Entrei, esperei um século até o senhor que estava sentado perto da bancada se tocar que deveria me atender – ele simplesmente me ignorava, acho que minha cara deve ter deixado claro minha impaciência e ele resolveu me atender. Falei que queria consertar o depilador. A primeira pergunta que ele fez foi: “está na garantia?”. Respondi que não e rapidamente ele retrucou: “Mas por que você não compra um novo? Um desses não custa nem 100 reais” (um igual ao meu custa R$160). Mentalmente, mandei aquele velho catar coquinho. No mundo real, só respondi: “porque que não quero comprar outro”. Depois disso, um rapaz me atendeu e eu deixei o depilador lá, mas já sabia que eles inventariam alguma desculpa para não consertá-lo. Dito e feito. Cinco dias depois me ligaram, dizendo que como o aparelho era velho, eles não acharam a peça para fazer o conserto.

Hoje eu voltei lá, peguei o depilador e levei em outra assistência técnica. É sempre bom ouvir uma segunda opinião. Além do mais, eu realmente não quero comprar um novo, porque dinheiro ainda não tá nascendo em árvore aqui em casa. Chegando na outra assistência, um homem veio me atender e a primeira pergunta que ele fez foi: “qual o problema do seu aparelho?”. Eu expliquei e ele disse: “vocês devem ter deixado ele cair, tá vendo essa pecinha aqui?! Ela tá quebrada, é por isso que ele tá frouxo”. Sem dizer mais nada, ele foi pra dentro da loja e voltou, minutos depois, com dois cabeçotes de depilador na mão, e falou: “olha, isso não tem conserto não, tem que trocar o cabeçote inteiro. O único problema é que eu não tenho branco, só tenho nessas cores. É R$48”. Simples assim. Eu voltei pra casa com meu depilador funcionando e economizei mais de R$100 não comprando um novo.

Não sei porque a primeira assistência não quis resolver meu problema. Meu palpite é que eles ganham mais dinheiro consertando produtos na garantia, porque eles devem superfaturar os consertos. Ou então, eles não querem perder tempo consertando produtos de pouco valor. A questão é: era muito mais simples e rápido eles serem competentes. Por que eles simplesmente não falaram que não tinham aquela peça, no dia em que eu fui lá? Teriam me poupado tempo, trabalho e o dinheiro do estacionamento. 

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