21 de dezembro de 2010

Para que servia isso?


O criador do facebook foi eleito o homem mais influente do ano pela revista Vanity Fair, por ter revolucionado a maneira como as pessoas se comunicam e interagem, criando o facebook.

Ouvi muita gente reclamando da nomeação, achando ridículo a revista considerar como pessoa mais importante do ano alguém que criou uma coisa inútil que não salva a vida de ninguém. Contradição ou não, boa parte dessas pessoas é usuária assídua – para não dizer, viciada – do facebook ou de outras redes sociais que surgiram depois dele - e graças a ele.

Quando fazem esse tipo de comentário, as pessoas se esquecem que as maiores invenções do mundo já foram consideradas inúteis. Quando Graham Bell inventou o telefone, ninguém deu credibilidade a ele ou à sua invenção. As pessoas não viam a menor utilidade em um aparelho que permitia a conversação via voz. Para que servia isso? Se quisesse falar com alguém, bastaria mandar uma carta ou um recado por algum conhecido em comum.

A invenção do cinema, por exemplo, também era inutilidade pura para a época. As pessoas saíam de casa para ver pequenos vídeos sem som. Para que servia isso? O cinema não tinha a menor utilidade no dia a dia das pessoas e não supria nenhuma de suas necessidades básicas.

No entanto, hoje não conseguimos imaginar nossas vidas sem telefone, sem celular. Também tenho certeza que ninguém questiona a importância do cinema para nossa sociedade, a qual vai muito além do simples entretenimento.

Esses pensamentos são o que diferenciam nós, pessoas comuns, dos inventores. Enquanto nós estamos presos as necessidades do dia a dia, à utilidade, ao presente, pessoas como Mark Zuckerberg são visionárias e pensam em um futuro que está muito a frente de nós. Tenho certeza que daqui 100 anos os jovens vão se olhar e perguntar: como era possível viver antes das redes sociais?

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