18 de março de 2009

Doação de órgãos


Hoje o Jornal da EPTV (afiliada TV Globo da região de Campinas) completou 30 anos e fez uma edição especial sobre Transplante e Doação de Órgãos.


Eu sou completamente à favor da doação de órgãos.

Acho um egoísmo inaceitável a família se negar a doar os órgãos de um parente falecido. Eu concordo que a perda de alguém é algo triste e decidir pela doação de órgãos, num momento assim, deve ser mesmo complicado, especialmente porque são as vítimas de acidentes e derrame os maiores doadores de órgãos em potencial, ou seja, pessoas que morreram de forma inesperada e deixaram todos chocados. É difícil tomar uma decisão tão séria em um momento de grande abalo psicológico.

Mas também é díficil saber que seu amigo ou familiar poderia te sobrevivido se tivesse encontrado um órgão no dia anterior. É difícil saber que a vida de alguém que você ama e estima está na mão dos outros, na espera de que outras pessoas - que você sequer conhece - tenham um ato de consciência social.

É nisso que acredito. Doar órgãos é mais que um ato de solidariedade, é um ato de consciência. É preciso ter consciência que ao dizer NÃO à doação órgãos, você se torna cúmplice da morte de outra pessoa. Isso é duro, mas é verdade. Se um órgão que você doa pode salvar a vida de uma pessoa (ou várias), deixar de doá-lo é uma atitude tão cruel quanto dar um tiro em alguém. Deixar de salvar a vida de outras pessoas para manter os órgãos dentro de um corpo que logo será consumido é egoísmo puro, é falta de consciência e de amor ao próximo, é negar o fato de que todos nós temos um pouco de responsabilidade sobre a vida e a morte dos outros.

A reportagem da EPTV terminou com uma mensagem com a qual concordo: quem doa órgãos troca a dor da perda de um ente querido pela felicidade de dar a outras pessoas a oportunidade de continuar vivendo.


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