26 de novembro de 2008

Conheça - Adriana Lisboa


"O amor é um milhão de pequenas coisas"

Adriana Lisboa é uma escritora jovem e muito talentosa. A sua escrita é doce, poética, encantadora. Li Um Beijo de Colombina quase de uma sentada só e, quando faltavam apenas umas páginas para terminar de lê-lo, o livro simplesmente sumiu. O encontrei meses depois, espremido entre um dicionário e uma enciclopédia, na estante da sala. Ainda me lembrava da história.

Um Beijo de Colombina teve como inspiração poemas de Manuel Bandeira. As características e sentimentos de cada poema (há uma lista com os poemas inspiradores no final do livro) estão perfeitamente integrados a história da jovem escritora Tereza que, em meio à angústia e ao amor, tenta escrever seu próximo livro. Quando o inesperado acontece, ele – que nem mesmo sabe se é namorado, marido ou amante de Tereza – decide continuar o livro por ela.

Abaixo, vocês podem encontrar algumas informações sobre Adriana Lisboa, retiradas do site da escritora, e um trecho do livro. O site também traz alguns contos e artigos já publicados.

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A escritora brasileira Adriana Lisboa nasceu em 25 de abril de 1970 no Rio de Janeiro, onde passou a maior parte da vida. Morou na França e vive hoje entre o Rio e a cidade de Boulder, Colorado, nos Estados Unidos. Estudou música e literatura, foi cantora, flautista e professora. Hoje, além de ficcionista, é também tradutora e às vezes poeta.

Recebeu o Prêmio José Saramago, em Portugal, e, no Brasil, o prêmio de autor revelação da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil e o prêmio Moinho Santista (atual Fundação Bunge)

PUBLICAÇÕES
Os Fios da memória (romance, 1999)
Sinfonia em branco (romance, 2001) - vencedor do Prêmio José Saramago
Um beijo de Colombina (romance, 2003)
Caligrafias (minicontos, 2004)
Língua de Trapos (infantil, 2005)
Rakushisha (romance, 2007) - Tese de doutorado escrita como ficção
O coração às vezes pára de bater (novela juvenil, 2007)
Contos populares japoneses (infanto-juvenil, 2008)
Além de participação em livros de contos

“Não, nunca tive qualquer ambição literária.
O que eu começava a escrever como se fosse ela nem precisava ser bom.
Nem precisava ser publicado. Ninguém leria.
Era só para dar forma àquela sensação de andar por ruas líquidas
e respirar um ar pastoso e dormir noites ocas,
era só para saber o que fazer com o céu quando ele crescia,
se avolumava e perigava cair sobre minha cabeça
como uma samambaia que despencasse da varanda.
Eu tinha três personagens em minhas mãos, pierrô, colombina, arlequim
(quatro: não devia me esquecer de pierrete),
e mais o Estrela da vida inteira,
e mais marulhos da praia em Mangaratiba,
bordão, ostinato, dentro de meus ouvidos.
Quem sabe, tinha também vontade de gritar a plenos pulmões.”

Mais informações: www.adrianalisboa.com.br

Ps: Moacir Sclyar já estava na minha lista ;)

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